A Globo vendeu um total de 17 torres de transmissão de sinal de TV à empresa IHS, que tem sede na Nigéria. As torres ficam espalhadas por várias cidades do Brasil e continuarão a ser usadas pela emissora carioca.
O acordo de venda, que foi autorizado pelo CADE (Conselho de Administração de Defesa Econômica), ocorreu com o fim de arrecadação de fundos para investimento em novas produções e redução de custos para a TV Globo, que agora é presidida por Paulo Marinho.
No contrato, que passa a valer em janeiro de 2022, está disposto que a empresa nigeriana será a controladora dos equipamentos tecnológicos e pode ceder o seu uso a qualquer empresa de comunicação. Contudo, a Globo se antecipou e fechou um acordo com a IHS em que continua usando as antenas para transmitir sinal, só que agora como cliente da empresa nigeriana.
Com isso, todos os custos de manutenção, pessoal e equipamentos ficam com a IHS. Dessa forma, os custos para a TV dos Marinho são reduzidos.
Além das torres, o Grupo Globo também vendeu 16 imóveis associados às estruturas. Os prédios, por sua vez, foram vendidos para a empresa San Gimignano.
Os altos custos operacionais da Globo
Segundo informações divulgadas pelo colunista Guilherme Ravache, do portal Notícias da TV, os custos operacionais da Globo chegam a passar da casa dos R$ 1 bilhão por trimestre, atualmente.
Essas informações foram incluídas na documentação enviada ao CADE quando das negociações envolvendo as antenas. Segundo a empresa, a meta é desinvestir para reduzir em pelo menos 25% os custos atuais.
O valor das transações com a IHS e a San Gimignano não foram divulgados. Porém, conforme apontam especialistas em transações do tipo, negociações nessa escala não saem por menos de R$ 200 milhões.
Recentemente a Globo se desfez do seu data center com a mesma justificativa de tentar reduzir custos operativos. Segundo a empresa, todo o arquivo antes disposto no data center agora passará a ficar hospedado em um serviço de armazenamento em nuvem do Google.