Vitória Medeiros, filha do piloto de avião Geraldo Medeiros Jr. que guiava a aeronave que caiu matando ele, a cantora Marília Mendonça e mais três em um trágico acidente ocorrido há alguns dias, decidiu processar a CEMIG (Companhia Energética de Minas Gerais).
Na última quarta-feira (17), Vitória, que é modelo, afirmou em pronunciamento que o acidente que vitimou o pai e a cantora sertaneja poderia ter sido evitado se as fiações elétricas das torres de transmissão com que o avião colidiu fossem sinalizadas.
Em uma série de vídeos que postou na sua conta no Instagram, Vitória Medeiros contou o motivo do processo. “Sobre o processo, só tenho uma coisa para falar por ora. Se tivesse essa sinalização, tudo poderia ser diferente. Isso vai ser importante, principalmente também agora, para poder proteger a vida de outras pessoas em casos de emergência”, disse a jovem modelo.
O advogado de Vitória, Sérgio Alonso, também se pronunciou e falou do caso em entrevista concedida à coluna Grande Angular, do jornal Metrópoles. “A zona de proteção vai até 4km no raio do aeroporto, e esse fio estava a 5km. A CEMIG diz que a torre estava fora da zona de proteção. Mas, independentemente disso, como é uma linha que está na reta final do aeródromo e que interfere no tráfego, teria que sinalizar, independentemente da zona de proteção. Quem mexe com eletricidade e cria risco tem que tomar cuidado com os outros”, afirmou Alonso.
O que disse a CEMIG?
Procurada pela equipe do portal Notícias da TV, a Companhia Energética de Minas Gerais emitiu a seguinte nota:
“A CEMIG esclarece que a Linha de Distribuição atingida pela aeronave prefixo PT-ONJ, no trágico acidente do dia 5 de novembro, está fora da zona de proteção do Aeródromo de Caratinga, nos Termos da Portaria específica do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), do Comando da Aeronáutica Brasileiro (como mostra imagem já divulgada pela CEMIG).
Reiteramos que a CEMIG segue rigorosamente as Normas Técnicas Brasileiras e a regulamentação em vigor em todos os seus projetos.
A sinalização por meio das esferas na cor laranja é exigida para torres em situações específicas, entre elas estar dentro de uma zona de proteção de aeródromos, o que não é o caso da torre que teve seu cabo atingido.
As investigações das autoridades competentes irão esclarecer as causas do acidente. A Companhia mais uma vez lamenta esse trágico acidente e se solidariza com parentes e amigos das vítimas.”
O acidente que vitimou Marília Mendonça e o piloto Geraldo Medeiros Jr. ocorreu na zona rural de Caratinga (MG) no último dia 5 de novembro e vitimou, além dos dois, o produtor Henrique Bahia, o assessor de Marília que também era seu tio Abicieli Silveira Dias Filho, e o copiloto Tarcisio Pessoa Viana.