Whindersson Nunes, um dos maiores influencers do Brasil e do mundo, fez relatos impactantes em seu livro biográfico, Vivendo Como Um Guerreiro, lançado recentemente.
Na obra, o humorista e youtuber relata, entre outras coisas, o seu envolvimento com as drogas e o quanto isso o prejudicou.
“Teve um mês, quando o relacionamento com a Luísa terminou, que eu fiquei sem chão. A Luísa era uma menina que tinha muitas dúvidas na vida. Eu me via um pouco nela. Eu via que ela tinha futuro e, ao mesmo tempo, achava que ela precisava de ajuda. Eu também precisei de ajuda e não tive ninguém que me ensinasse como eu deveria fazer. Eu me via na obrigação de fazer por ela o que ninguém fez por mim. E, então, eu fazia tudo. Eu a conheci em 2017. No dia em que eu encontrei a Luísa, eu estava virado na droga, não estava bem, estava em busca do que eu não sabia”, disse Whindersson em um trecho.
O piauiense que conquistou o Brasil descreveu também como foi encontrar a ex-mulher pela primeira vez. “Eu vinha de outro término, enfim, essa área da vida eu não domino mesmo, como podem perceber. Quando a vi, pela primeira vez, eu a vi no efeito da droga. Eu a vi meio que brilhando. Foi o começo de uma viagem. Uma viagem de alguém que tem um instinto de professor. Eu queria passar tudo para ela. Eu queria que ela desse certo na vida. Quando acabou com a Luísa, eu também tive o meu penhasco”, contou o humorista, fazendo referência à música Penhasco, de Luísa Sonza, em que ela relata como se sentiu após o término com Whindersson Nunes.
O capítulo final do livro, intitulado Fim de Conversa, é o que contém os relatos do influencer. Nele, Whindersson diz que Luísa Sonza não teve culpa alguma no seu vício. “Minha viagem com a Luísa durou 4 anos. Ela me ajudou com a minha autoestima. Eu não me achava um homem interessante, um cara bonito. Isso pode não parecer muita coisa, para um alguém como eu, que algumas pessoas dizem que as mulheres estão comigo porque eu sou famoso e tenho dinheiro… O olhar dela fazia com que eu acreditasse que, de fato, eu era interessante, eu era legal. E, nisso, ela foi minha professora. E eu sou grato. Até hoje eu tenho uma confiança que ela fez brotar em mim. Nós viajamos muito juntos, conhecemos juntos o mundo e os nossos mundos internos”, relatou.
“Quero bem a Luísa e quero que os espaços da sua vida sejam sempre preenchidos com muito amor. Seu sucesso é de alguma forma um perfume que me lembra que é sempre bom cuidar das pessoas. E não quero que as pessoas destruam o que vivemos. Voltando para as drogas. A minha forma de lidar com essas situações é muito minha. Eu falo com o silêncio. Eu falo com o recolhimento. E, às vezes, eu falo errado. Reconheço que errei. Que as drogas foram me destruindo. Quando acabou com a Luísa, era o comecinho da pandemia. Estar sozinho, não sair de casa, me levou a uma viagem que não é a boa viagem. Sem saber o que fazer, na minha cabeça, para terminar a viagem, eu tive que terminar do jeito que eu comecei. E, dessa vez, foi muito pior”, detalhou Whindersson Nunes.
O artista multiplataforma contou ainda que tipos de drogas utilizou nesse período sombrio. “Não havia mais intervalo entre as drogas. Eu acordava e desacordava para a vida. Eram drogas e mais drogas tentando estancar sei lá o quê. Um mês. Um mês, e eu não tenho certeza de que não foi a Luísa a culpada. E não foi por ela que eu me lancei nesse abismo. Foi por mim. Foi por um buraco dentro de mim. Foi pela ausência das certezas da minha vida. A depressão tem tratamento. Eu sei disso. É que há momentos em que nos esquecemos disso. Bala, LSD em doses cavalares e algumas outras. Eu sofria tanto e achava que eu merecia. E o foco da minha vida virou nada, nas noites que não amanheciam. A sensação, às vezes, era de um descolar da alma do corpo. E o nada me fazia companhia. As drogas aumentaram as minhas paranoias. Medo das violências, medo das invasões da minha vida. E o pânico. Meu Deus?! Não desejo isso para ninguém. Meu cérebro derretendo”, contou.
“Eu tinha medo que essa fase pudesse voltar. E eu, às vezes, pensava que eu devia me internar. E meus amigos diziam que isso seria um prato cheio para a mídia. E também não queria que isso fosse um prato cheio para que as pessoas culpassem a Luísa. Não. Definitivamente, a culpa não foi da Luísa. Não digo que alguém surge na nossa vida para resolver a nossa vida. Mas sou grato à Maria. Foi nessa viagem sem fim que conheci a Maria. As minhas bagunças precisavam ser arrumadas. Eu fiquei envergonhado de estar naquela situação. E fui me arrumando”, comentou Whindersson Nunes perto do final dos seus relatos.